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Em defesa do sindicalismo - Os petroleiros, a Receita Federal e a força da representação coletiva

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    Consórcio de DSs
  • 8 de jun.
  • 2 min de leitura
30 anos da histórica greve dos petroleiros - Maio/1995
30 anos da histórica greve dos petroleiros - Maio/1995

Num momento em que o sindicalismo é constantemente atacado e desacreditado por setores da elite política e econômica, é essencial resgatar sua importância histórica e seu papel fundamental na defesa dos direitos dos trabalhadores e da soberania nacional. Entre os muitos exemplos de luta e resistência sindical no Brasil, a trajetória dos petroleiros durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (1995–2002) ocupa um lugar de destaque.


Durante os anos 1990, o país viveu um ciclo agressivo de privatizações. Embalado pelo discurso neoliberal que dominava a América Latina, o governo FHC tentou aplicar no Brasil a cartilha do Estado mínimo: venda de estatais estratégicas, flexibilização das leis trabalhistas e enfraquecimento das organizações sindicais. Empresas como a Vale e a Telebrás foram privatizadas, e a Petrobrás entrou na mira.


Foi nesse contexto que os sindicatos petroleiros mostraram sua força. Com mobilizações, greves e denúncias públicas, resistiram à fragmentação da empresa e ao processo de fatiamento de ativos que visava abrir caminho à sua privatização disfarçada. A greve de 1995, em especial, foi histórica: por 32 dias, milhares de petroleiros paralisaram atividades em defesa da Petrobrás, enfrentando forte repressão, cortes salariais e a ameaça de demissões em massa.


Longe de ser um episódio isolado, essa mobilização exemplifica o papel essencial dos sindicatos: são eles que se colocam na linha de frente para defender não só os salários e os direitos dos trabalhadores, mas também o interesse público frente ao capital privado. Ao contrário do que dizem seus detratores, sindicatos não são entraves ao progresso — são instrumentos de equilíbrio em uma sociedade marcada pela desigualdade.


Hoje, enquanto se busca desmontar a organização dos trabalhadores por meio de reformas que fragilizam a negociação coletiva e criminalizam a ação sindical, lembrar da luta dos petroleiros é reafirmar a legitimidade e a necessidade do sindicalismo. A defesa do bem comum, da democracia e da dignidade do trabalho passa, necessariamente, pela valorização das organizações que representam quem de fato move o país: o povo trabalhador



Roberta Araújo

Delegada Sindical da DS Salvador - BA

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